Escaladores mais experientes ou praticantes de atividades verticais esportivas, como o rapel e canionismo, com certeza já ouviram falar no fator queda, mesmo assim nem todos sabem o que realmente significa. Esse termo vem do trabalho em altura, pensando em utilização de equipamentos específicos para trabalho em altura e retenção de queda, como o talabarte.
Mas a lógica desse cálculo pode ser muito útil para todos que gostam de se aventurar em uma corda / altura.
O que é fator de queda?
Considerando a NR35, normal que regulamento o trabalho em altura, razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Ou seja, fator de queda é simplesmente a distância da queda dividida pelo comprimento do talabarte. Existem 3 tipos de fator de queda: FQ < 1, FQ =1 e FQ = 2.
Portanto, o objetivo deste cálculo é avaliar a força de impacto exercida no corpo do trabalhador pela gravidade, na eventualidade de uma queda no trabalho em altura.
Agora que já sabemos o que é fator queda e quais os tipos, vamos explicar cada um separadamente.

Fator de queda < 1
O impacto sofrido pelo trabalhador é menor, pois o ponto de ancoragem está acima da cabeça.
Fator queda = 1
Nessa situação, o ponto de ancoragem está situado acima do abdômen, sendo assim o impacto na queda é maior. Neste caso, o impacto equivale ao tamanho do equipamento de proteção.
Fator queda > 2
Este fator queda é considerado como o mais perigoso, pois o ponto de ancoragem estará fixado abaixo do trabalhador. Isso faz com que, em caso de queda, o impacto causado no corpo seja dobrado.
Resumidamente, o ideal é que o fator de queda sempre seja igual ou inferior a 1. Afim de preservar a integridade física do trabalhador no caso de uma queda. Também evita que o equipamento seja exposto a condições mecânicas extremas. E isso também pode ser pensado com relação aos pontos de ancoragem em uma escalada, preservando sua vida e seu equipamento.