Rapel, Acesso por Corda, Trabalho em Altura, Tirolesa e outras atividades envolvendo corda, estão conseguindo atrair cada vez mais interessados no assunto.
Francisco Silveira de Sousa, de 34 anos, foi um dos ''atingidos'' por esse crescimento do Trabalho em Altura, porém a paixão do promotor técnico de vendas vem desde a década passada, quando conheceu o rapel no exército.
Meu primeiro contato foi no exército Brasileiro em 2003 quando no acampamento foi feito um exercício de rapel.
Quinze anos depois de ter tido seu primeiro contato, Francisco, que agora trabalha vendendo equipamentos para a área de Trabalho em Altura, contou para gente o que ele acha que mais evoluiu na área.
No geral muito se evoluiu em altura no Brasil, tanto em equipamentos, quanto em normas. Nos últimos anos, os investimentos de grandes empresas se voltaram para o trabalho em altura, tanto na área esportiva quanto na Industrial. Dessa forma quem ganha é o praticante, o trabalhador, o usuário de equipamentos.
Para completar, Francisco falou de futuras evoluções relacionadas aos equipamentos utilizados no Trabalho em Altura.
Logicamente, ainda teremos muitas evoluções principalmente com relação a tecnologias embutidas nos equipamentos.
Algo que ajudou muito o trabalho em altura se desenvolver, foi a NR35, norma que estabelece inúmeras burocracias em cima dos equipamentos, voltada principalmente para a segurança do usuário.
Francisco falou um pouco sobre a evolução da norma, que, segundo ele, foi a que mais evoluiu.
Se formos analisar friamente, a NR35 é a norma que mais evoluiu de todas as normas. Já estamos indo para o 3° anexo, já que tivemos alterações importantes e com certeza as empresas no geral tem investido e se preocupado mais com trabalho em altura, mais ainda vemos muitas situações, principalmente com autônomos e na construção civil, que precisam melhorar.
Como trabalha com vendas, Francisco falou como ele caracteriza o equipamento para o cliente e como funciona a logística de apresentação do mesmo.
No que se diz lançamento de um novo equipamento, existe toda uma equipe de Engenharia e Marketing. São feitos estudos de mercado para verificar a real necessidade daquele novo equipamento no mercado. Quando vou apresentar um novo equipamento eu foco, principalmente, nos diferenciais, nas novidades ou algum item que traga mais segurança comparado aos equipamentos já utilizados no mercado.
Francisco ainda falou um pouco de como é o contato com o cliente, relacionado a venda do equipamento e, claro, ganhar o cliente.
O cliente sempre quer a solução. Se identificarmos a necessidade, já é um passo para ganhar a venda. Segundo é o diferencial. Hoje todos tem equipamentos muito parecidos e o que difere, é a tecnologia embarcada no equipamento, praticidade de gestão utilizando aplicativos e formulários para facilitar esse trabalho. Por último, o atendimento tem que ser feito com excelência, tem que surpreender. Com isso com certeza o sucesso é garantido.
Quando se compra um equipamento para trabalho em altura, o cliente procura um equipamento que agrade-o em vários aspectos, principalmente na segurança. Francisco, que atua de perto com os clientes, falou o que eles mais buscam.
Tem cliente de todo tipo, alguns buscam mais segurança, outros mais praticidade, outros buscam o preço, depende muito de cada um.
A grande maioria querem o melhor equipamento com o preço mais em conta ou seja, sempre buscam o melhor custo benefício.
Vender um equipamento que envolve trabalho em altura é uma responsabilidade muito grande, pois qualquer erro pode ser fatal, ou seja, o domínio da área é fundamental para que o cliente se sinta seguro e satisfeito.
Francisco contou que já viveu situação onde o trabalho dele, em indicar o melhor equipamento, foi decisivo para a segurança dos trabalhadores.
Já tive algumas situações, mas uma que foi muito importante foi a apresentação de um talabarte testado no range de 60 a 140 kg substituindo o modelo que utilizavam sem absorvedor de energia. Sabemos que esse talabarte, na situação de retenção de queda, mesmo no fator de queda 1 supera os 6kn e com certeza se acontecer um acidente, o trabalhador sofrerá um impacto extremamente violento que pode trazer a óbito.
O que é fator queda?
Citado pelo Francisco na sua resposta final, o fator queda é basicamente a distância da queda dividida pelo comprimento da corda desde o ponto fixo até o escalador.
A equipe NEREA, sempre recomenda contatar um especialista antes de praticar ou comprar qualquer atividade/produto.
Nessa entrevista, vimos a importância de um instrutor com domínio dos equipamentos para vender e praticar qualquer atividade que envolva altura.